Alguns textos que versam sobre Artes Marciais e o Caminho.
Algunos textos que versan sobre Artes Marciales y el Camino.
Além do livro intitulado Ensinamento dos Mestres. Os Benefícios das Artes Marciais ao Alcance de Todos o Mestre Ricardo Serravalle dedica-se também a arte da escrita de poesias, crônicas e textos que, entre outros temas, também versam sobre o universo das Artes Marciais. Confira abaixo um pouco desse vasto material:
Además del libro titulado Enseñanza de los Maestros. Los Beneficios de las Artes Marciales al Alcance de Todos el Maestro Ricardo Serravalle se dedica también al arte de la escritura de poesías, crónicas y textos que, entre otros temas, también versan sobre el universo de las Artes Marciales. A continuación, un poco de este vasto material:
Ensaio sobre a Guerra
Outrora tempos de guerra, no Oriente trovões anunciavam a marcha sob a lama do campo encharcado, homens cegos sob a própria tempestade não notavam sequer os relâmpagos que cortavam os céus que por súbito os iluminava desvendando as suas faces. Não permitiam enxergar além. Corpos em batalha em meio a sangue e ego, presença ordinária, a guerra, Bujutsu.
Muitas primaveras se passaram, a chuva ainda limita a visão dos que ainda guerreiam. Em meio ao charco surge ao centro, como uma lótus, aquele cuja, justamente, as mãos já não empunham a espada com a mesma firmeza, tempo.
Samurai de outrora, soldado e servo obediente, desperta para o caminho da vitória, iluminação, através da guerra, sim da guerra. E do céu já não caem lágrimas, cortinas, a visão vai além e ao longe a trilha a seguir se desnuda.
Faz-se encontrar Budô, o Caminho da Arte da Guerra, e ao olhar em volta vê-se a todos, sem distinção, cujas lutas atemporais, em temporais e charco, não limita-se apenas aos que empunham suas espadas nos campos de batalha, Bujutsu. E dos habitantes de casas simples aos dos palácios, dos idosos as crianças, dos Samurais aos camponeses, todos em guerra, egos, cegos.
Do poder ensurdecedor do silêncio e da observação inata da visão interna contempla-se o reconhecimento da tripla composição básica: Corpo, Mente e Espírito, e percebe-se que não apenas das pernas serve-se o homem para vencer a guerra sob o ego e o vazio, o silêncio e a tempestade, a lama e o chão firme, o caos e a paz, o bem e o mal.
Indissociável é a composição da tríplice aliança e, de certo a Mente, fugaz, inebriante e ardilosa, oculta, obscura, temida e incompreendida, veículo do trilhar, precisa ser subjugada em batalha e adestrada para servir e, deste êxito, faz-se com e através dela o mergulhar mais profundo e nunca antes realizado dentro de nossa própria imensidão ao encontro do Ser.
E para trás, sob a lama em que um dia deixamos nossas pegadas, nunca mais voltaremos. Caem sob os pés as máscaras, conceitos, programações. Faz-se da armadura do Guerreiro o vácuo, do empunhar de sua espada a sabedoria, e da sua Guerra, finalmente e definitivamente a paz.
Oss.
Ricardo Serravalle Guimarães
(04.09.2013)
Ensayo sobre la guerra
En tiempos de guerra, en el Oriente truenos anunciaban la marcha bajo el lodo del campo empapado, hombres ciegos bajo la propia tempestad no notaban ni siquiera los relámpagos que cortaban los cielos que por súbito los iluminaba desvelando sus mejillas. No permitían ver más allá. Cuerpos en batalla en medio de sangre y ego, presencia ordinaria, la guerra, Bujutsu.
Muchas primaveras se pasaron, la lluvia aún limita la visión de los que aún guerrean. En medio del charco surge al centro, como un loto, aquel que, justamente, las manos ya no empuñan la espada con la misma firmeza, tiempo.
Samurai de antaño, soldado y siervo obediente, despierta para el camino de la victoria, iluminación, a través de la guerra, sí de la guerra. Y del cielo ya no caen lágrimas, cortinas, la visión va más allá y a lo lejos la pista a seguir se desnuda.
Se hace encontrar Budô, el Camino del Arte de la Guerra, y al mirar alrededor se ve a todos, sin distinción, cuyas luchas atemporales, en temporales y charco, no se limita a los que empuñan sus espadas en los campos de batalla , Bujutsu. Y de los habitantes de casas simples a los de los palacios, de los ancianos los niños, de los Samurais a los campesinos, todos en guerra, egos, ciegos.
Del poder ensordecedor del silencio y de la observación innata de la visión interna se contempla el reconocimiento de la triple composición básica: Cuerpo, Mente y Espíritu, y se percibe que no sólo de las piernas se sirve al hombre para vencer la guerra bajo el ego y el vacío, el silencio y la tempestad, el lodo y el suelo firme, el caos y la paz, el bien y el mal.
Es indisociable la composición de la triple alianza y, de cierto, la Mente, fugaz, embriagadora y ardilosa, oculta, oscura, temida e incomprendida, vehículo del trío, necesita ser subyugada en batalla y adiestrada para servir y, de este éxito, se hace con ya través de ella el buceo más profundo y nunca antes realizado dentro de nuestra propia inmensidad al encuentro del Ser.
Y detrás, bajo el lodo en que un día dejamos nuestras huellas, nunca volveremos. Caen bajo los pies las máscaras, conceptos, programaciones. Se hace de la armadura del Guerrero el vacío, del empuje de su espada la sabiduría, y de su Guerra, finalmente y definitivamente la paz.
Oss.
Carta aos profissionais de Artes Marciais, atletas e donos de academias
De fato a proliferação e alcance das Artes Marciais (leia-se também Esportes de Combate) tem trazido muitos benefícios, principalmente as três classes supracitadas, no entanto, como tudo na vida as benesses são acompanhadas de alguns desafios.
É fato que desde muito tempo antes da explosão do MMA na mídia já havia problemas em relação a legalização de alguns profissionais de Artes Marciais que atuam no mercado. Mas afinal, o que seria legalizar a atividade do profissional de Arte Marcial?
Existem várias Leis em trâmite de diversas ordens, tanto para os profissionais de Artes Marciais, quanto para as academias que devem ser cumpridas por ambos e cabe, principalmente ao contratante direto do serviço cobrar a certificação do profissional ao qual está sendo contratado.
Não quero me alongar muito, pois, certamente este assunto demanda muitos aprofundamentos e citações, principalmente das referidas Leis, portanto, para não fica massante vou dar apenas algumas dicas abaixo que, se observadas, poderão evitar muitas dores de cabeça para os três sujeitos em epígrafe:
1) As Academias: Antes de contratar o profissional de Artes Marciais certifique-se da validade do seu Diploma de professor (geralmente faixa preta). É bem simples, peça para apresentar o original juntamente com uma cópia. No Diploma certamente haverá a indicação de um CNPJ que deverá ser de uma Federação (Regional), Confederação (Nacional) ou ainda, em alguns casos de uma entidade Internacional reconhecida. No caso das duas primeiras com o CNPJ entre no site da Receita Federal e veja se a entidade que reconheceu o referido Diploma realmente existe ou existiu, se desejar busque o telefone de contato e ligue para a entidade. Exija também do profissional o Alvará/Licença da Federação a qual é filiado (tem que ser filiado a alguma entidade) informando que o profissional está em dia e apto a realizar o seu trabalho. Afinal um profissional que não está em dia ou não é filiado a alguma entidade não poderá promover (no caso das artes marciais exames de graduação, já que estes devem ser feitos (por Lei) através de uma entidade registrada. Assim como um Alvará de Funcionamento, este Alvará (de validade anual) deverá ser pendurado na Academia em local visível aos alunos e responsáveis.
2) Profissionais de Artes Marciais: Valorizem a sua profissão, procurem alguma entidade que regulamente a sua atividade e filie-se. O exercício ilegal da profissão está previsto como Crime pelo Código Civil Brasileiro e a emissão de Certificados e Diplomas de próprio punho é classificado como Crime de Estelionato. Além disso, poderá passar pelo constrangimento de, no futuro, um aluno treinado por ti, ao querer participar de eventos ou vir a dar aulas em outras academias não poder vir a exercer a atividade profissional devido ao seu Diploma não ser reconhecido. Poderá ainda vir a sofrer um processo.
Se legalizar não custa caro e estará contribuindo para o crescimento e seriedade de nossa atividade.
3) Alunos: Se por acaso se sentirem constrangidos de falar sobre o assunto com o seu professor ou Mestre, por favor, dirijam-se a diretoria de suas academias, conversem com os administradores ou proprietários e peçam que estes cobrem do profissional de Artes Marciais a apresentação dos documentos acima listados. Você é o principal interessado.
Como Presidente de uma Federação de Artes Marciais já tive que, infelizmente, lidar com muitas situações do gênero. Alunos com bom nível técnico e que apresentam certificados inválidos, feitos a mão e, portanto, não reconhecidos e que tiveram que voltar para a faixa branca. Muitos questionam, mas neste caso, os principais culpados são os que treinam com professores não habilitados e ainda colocam em risco suas próprias vidas.
Espero com este texto ter ajudado a esclarecer um pouco as coisas e, desta forma, de alguma maneira contribuir para o crescimento das Artes Marciais e Esportes de Combate de uma forma sólida e respeitosa como deve ser preconizado pela nossa atividade.
Cordiais Saudações, Oss!
Ricardo Serravalle
Presidente da FEBAM - Federação Baiana de Artes Marciais e Esportes de Combate
www.febamartesmarciais.wix.com/febam
Carta a los profesionales de Artes Marciales, atletas y dueños de gimnasios
De hecho, la proliferación y el alcance de las Artes Marciales (lee también Deportes de Combate) ha traído muchos beneficios, principalmente las tres clases mencionadas, sin embargo, como todo en la vida las benesses se acompañan de algunos desafíos.
Es un hecho que desde mucho tiempo antes de la explosión del MMA en los medios ya había problemas en relación a la legalización de algunos profesionales de Artes Marciales que actúan en el mercado. Pero al final, ¿qué sería legalizar la actividad del profesional de Arte Marcial?
Hay varias Leyes en trámite de diversas órdenes, tanto para los profesionales de Artes Marciales, como para las academias que deben ser cumplidas por ambos y cabe, principalmente al contratista directo del servicio cobrar la certificación del profesional al que está siendo contratado.
No quiero alargarme mucho, pues, ciertamente este asunto demanda muchas profundidades y citas, principalmente de las referidas Leyes, por lo tanto, para no quedar masivo voy a dar sólo algunos consejos abajo que, si se observan, podrán evitar muchos dolores de cabeza para los tres sujetos en epígrafe:
1) Las Academias: Antes de contratar al profesional de Artes Marciales, asegúrese de la validez de su Diploma de profesor (generalmente banda negra). Es muy simple, pida para presentar el original junto con una copia. En el Diploma seguramente habrá la indicación de un CNPJ que deberá ser de una Federación (Regional), Confederación (Nacional) o aún, en algunos casos de una entidad Internacional reconocida. En el caso de las dos primeras con el CNPJ entre en el sitio de la Receita Federal y ver si la entidad que reconoció el referido Diploma realmente existe o existió, si desea buscar el teléfono de contacto y llame a la entidad. También exige al profesional el permiso / licencia de la Federación a la que está afiliado (tiene que ser afiliado a alguna entidad) informando que el profesional está al día y apto para realizar su trabajo. En el caso de las artes marciales exámenes de graduación, ya que éstos deben ser hechos (por Ley) a través de una entidad registrada, así como un Permiso de Funcionamiento , este Permiso (de validez anual) deberá ser colgado en la Academia en local visible a los alumnos y responsables.
2) Profesionales de Artes Marciales: Valoren su profesión, busquen alguna entidad que regula su actividad y se afilia. El ejercicio ilegal de la profesión está previsto como Crimen por el Código Civil Brasileño y la emisión de Certificados y Diplomas de propio puño es clasificado como Crimen de Estelionato. Además, podrá pasar por la constreñimiento de, en el futuro, un alumno entrenado por ti, al querer participar en eventos o dar clases en otros gimnasios no pueda ejercer la actividad profesional debido a que su Diploma no es reconocido. Podría todavía sufrir un proceso.
Si legalizar no cuesta caro y estará contribuyendo al crecimiento y seriedad de nuestra actividad.
3) Alumnos: Si por casualidad se sienten obligados a hablar sobre el asunto con su profesor o Maestro, por favor, diríjase a la dirección de sus gimnasios, conversen con los administradores o propietarios y pidan que éstos cubren del profesional de Artes Marciales la presentación de los documentos arriba mencionados. Usted es el principal interesado.
Como Presidente de una Federación de Artes Marciales ya he tenido que lamentablemente lidiar con muchas situaciones del género. Alumnos con buen nivel técnico y que presentan certificados inválidos, hechos a mano y, por lo tanto, no reconocidos y que tuvieron que volver a la franja blanca. Muchos cuestionan, pero en este caso, los principales culpables son los que entrenan con profesores no habilitados y aún ponen en riesgo sus propias vidas.
Espero con este texto haber ayudado a aclarar un poco las cosas y, de esta manera, de alguna manera contribuir al crecimiento de las Artes Marciales y Deportes de Combate de una forma sólida y respetuosa como debe ser preconizado por nuestra actividad.
Cordiales Saludos, Oss!
Ricardo Serravalle
Presidente de la FEBAM - Federación Baiana de Artes Marciales y Deportes de Combate
www.febamartesmarciais.wix.com/febam
Carta Aberta ao Exmo. Sr. Deputado José Mentor (PT - São Paulo)
Percebo que pouco conhece sobre Artes Marciais, e não caberia a mim julgar a vossa atitude no que tange o referido Projeto de Lei (PL) 55.344/09 em trâmite que visa proibir as redes de televisão de transmitir eventos de Artes Marciais ou Esportes de Combate não olímpicos, entre eles a Mistura de Artes Marciais ou MMA, alegando V. Ex.ª. Uma violência gratuita e explícita que poderia estar incitando os nossos jovens a cometer atos violentos. De certo para um leigo, as imagens de socos e ponta pés pode, inicialmente, sugerir uma imagem de violência explícita e sem fundamentos, no entanto, permita-me tomar um pouco do teu tempo para discorrer sobre o que está por trás desta gestualidade que parece confusa aos teus sentidos.
Primeiramente gostaria de passar o conceito: Artes Marciais, a palavra “Marcial” é referência ao deus grego Marte que significa “Guerra”, portanto, a definição ao pé da letra seria “Arte da Guerra”. É fato que desde os primórdios da vida em nosso planeta já havia a guerra em um aspecto ainda muito rudimentar, também podendo ser chamada de “Lei da Sobrevivência”, onde a defesa pela vida, além de técnicas de caça e ataque para conquistas de territórios já começavam a ser implementadas no instinto e subconsciente dos seres vivos.
A Arte Marcial pode ser dividida em dois conceitos básicos, um seria o Bujutsu que, neste caso, é o que parece saltar aos olhos de V. Ex.ª e nos de grande parte de pessoas ainda ignorantes no que diz respeito aos conhecimentos marciais. O Bujutsu seria a parte técnica das Artes Marciais, os golpes, sua execução, assertividade e consequências. Para este aspecto acredito não ser necessário aprofundamento, pois, é mais raso e pode ser notado por qualquer um. O segundo aspecto e o mais importante trata-se do Budo, ou como preferir, “O Caminho das Artes Marciais”, para tanto, irei me aprofundar um pouco mais.
Com o passar dos anos o homem foi tomando mais consciência acerca de si mesmo e do mundo que o cerca. O Oriente, grande berço das Artes Marciais, também é um fortíssimo concentrador de diversas religiões e filosofias que a milênios se propagaram pelo mundo pregando principalmente a compaixão, a não violência e o autoconhecimento. Daí vem a história que remonta ao início do século V com a chegada do monge budista indiano Bodhidharma ao Templo Budista Shaolin do Norte, na China e seus ensinamentos de Artes Marciais ao Monges do Templo que, posteriormente, tiveram um papel decisivo na propagação das Artes Marciais pelo mundo. Desta forma, Artes Marciais e religião, apesar de aparentemente e, em um primeiro momento, parecerem antagônicas no princípio da não violência se fundiram e assim o homem pôde mergulhar mais profundamente em seu próprio universo.
Como dito anteriormente a Arte da Guerra nos primórdios da humanidade foi necessária e primordial para a construção do nosso mundo e evolução das espécies. Posteriormente, os Grandes Mestres Orientais imbuídos de maior consciência percebem que a verdadeira Arte Marcial, não era baseada apenas na Guerra Externa, mas principalmente na Guerra Interna, aquela travada dentro de nós mesmos entre o nosso aspecto, a guerra entre o ego e a ausência, entre a ira e o amor, entre a paz de espírito e a violência interna, entre o bem e o mal que reside em cada um de nós. E essa guerra, definitivamente é a maior e a mais importante de todas.
Muitos questionam qual a missão do homem na terra, mas de fato, há muitos e muitos anos, os Grandes Mestres já sabiam a resposta, a grande missão do homem é vencer a sua Guerra Interna, é vencer e domar a sua própria mente.
Neste ponto, para maior entendimento da significância atual das artes marciais como aspecto de educação para os jovens, seja através da prática de artes marciais como o tradicionalíssimo Karatê (esporte não olímpico diga-se de passagem) e que o referido projeto visa também vetar, seja do MMA, é necessário explanar sobre mais um conceito.
Os Grandes Mestres nos ensinaram que o ser humano é basicamente composto de três aspectos primordiais, quais são: corpo, mente e espírito. Desta forma, para unidade e completude os três devem estar em completa harmonia, com este conceito Bodhidharma convenceu os monges Shaolin a adotar as artes marciais como forma de fortalecer o corpo, adestrar a mente e, finalmente, alcançar o espírito (ou iluminação).
“As Artes Marciais são o micro dentro do macro”. Para esta frase, se me permite, peço de V. Ex.ª uma profunda reflexão.
O Dojo (local de treinamento) é tido pelos artistas marciais como um ambiente sagrado, neste “Templo” de ambiente controlado aprende-se não só a cair, mas como cair (não sei se entende a profundidade disso), aprendemos a nos reerguer diante de derrotas, a respeitar o adversário que ali está disposto não só a nos vencer, mas principalmente a nos ensinar, afinal, aprendemos que quando nos expomos estamos na verdade compartilhando. No Dojo, aprendemos a vencer nossas dificuldades, a lidar com dor, a engolir a arrogância, a manter a xícara sempre vazia para novos conhecimentos, aprendemos o respeito, a moral e a ética tão em falta no mundo atual e, principalmente nos corredores deste mesmo Congresso tão frequentado por V. Ex.ª.
No ambiente em que vivem esses atletas que trocam socos e chutes existe por trás histórias lindíssimas de resgate de vidas que estariam definitivamente perdidas para a real violência fosse o escasso e hilário apoio e programa político do nosso país ao esporte.
V. Ex.ª, a maior violência não é aquela provocada pelas lutas no ringue e sim pela corrupção que trás consigo essa desigualdade social que é o principal motivo da Guerra Urbana que vivemos, a falta de esperança e de princípios primordiais de uma sociedade como saneamento básico, moradia, saúde, segurança, trabalho e lazer.
A violência está impregnada nas mídias de nosso país e que invadem as casas dos brasileiros onde 95% de sua programação só dão espaço para os aspectos ruins de nossa sociedade. A violência está nas novelas onde o filho mata o pai, onde o erotismo é banalizado em todos os horários, onde os mocinhos das histórias, aos quais nossas crianças criarão referência são promíscuos e gananciosos.
A maioria de nós tem o péssimo hábito de julgar as coisas pela forma e não pelo conteúdo, e nos aprofundamos ainda mais no erro quando queremos legislar sobre coisas que não temos o mínimo de domínio ou conhecimento, desta forma, convido a V. Ex.ª a conhecer um dos nossos Dojos e discutirmos um pouco mais sobre os aspectos marciais, de certo haverá um Dogi (Kimono) o aguardando juntamente com uma faixa branca, mas não se preocupe, o tatame é macio e a queda será amortecida.
Cordiais saudações.
Oss.
Ricardo Serravalle Guimarães
Presidente da FEBAM - Federação Baiana de Artes Marciais e Esportes de Combate
www.mestreserravalle.wix.com/marcial
“A real violência é a ignorância”.
Carta Abierta al Exmo. Sr. José Mentor (PT - São Paulo)
En el caso de las artes marciales, y no cabría a mí juzgar vuestra actitud en lo que se refiere al referido Proyecto de Ley (PL) 55.344 / 09 en trámite que pretende prohibir las redes de televisión de transmitir eventos de Artes Marciales o Deportes de Combate no olímpicos, entre ellos la Mezcla de Artes Marciales o MMA, alegando V. ex. Una violencia gratuita y explícita que podría estar incitando a nuestros jóvenes a cometer actos violentos. De cierto para un laico, las imágenes de golpes y pies pueden, inicialmente, sugerir una imagen de violencia explícita y sin fundamentos, sin embargo, permítanme tomar un poco de su tiempo para discurrir sobre lo que está detrás de esta gestualidad que parece confusa a tus sentidos.
En primer lugar quisiera pasar el concepto: Artes Marciales, la palabra "Marcial" es referencia al dios griego Marte que significa "Guerra", por lo que la definición al pie de la letra sería "Arte de la guerra". Es un hecho que desde los primordios de la vida en nuestro planeta ya había la guerra en un aspecto aún muy rudimentario, también pudiendo ser llamada "Ley de la supervivencia", donde la defensa por la vida, además de técnicas de caza y ataque para conquistas de territorios ya comenzaban a ser implementadas en el instinto y subconsciente de los seres vivos.
El Arte Marcial puede dividirse en dos conceptos básicos, uno sería el Bujutsu que, en este caso, es lo que parece saltar a los ojos de usted y de los de gran parte de personas aún ignorantes en lo que se refiere a los conocimientos marciales. El Bujutsu sería la parte técnica de las Artes Marciales, los golpes, su ejecución, asertividad y consecuencias. Para este aspecto creo que no es necesario profundizar, pues, es más bajo y puede ser notado por cualquiera. El segundo aspecto y el más importante se trata del Budo, o como prefiere, "El Camino de las Artes Marciales", para tanto, me voy a profundizar un poco más.
Con el paso de los años el hombre fue tomando más conciencia acerca de sí mismo y del mundo que lo rodea. El Oriente, gran cuna de las Artes Marciales, también es un fortísimo concentrador de diversas religiones y filosofías que a milenios se propagaron por el mundo predicando principalmente la compasión, la no violencia y el autoconocimiento. De ahí viene la historia que se remonta a principios del siglo V con la llegada del monje budista indio Bodhidharma al Templo Budista Shaolin del Norte en China y sus enseñanzas de Artes Marciales a los Monjes del Templo que posteriormente desempeñaron un papel decisivo en la propagación de las Artes Marciales por el mundo. De esta forma, Artes Marciales y religión, a pesar de aparentemente y, en un primer momento, parecer antagónicas en el principio de la no violencia se fundieron y así el hombre pudo sumergirse más profundamente en su propio universo.
Como se dijo anteriormente el Arte de la Guerra en los primordios de la humanidad fue necesario y primordial para la construcción de nuestro mundo y evolución de las especies. Posteriormente, los Grandes Maestros Orientales imbuidos de mayor conciencia perciben que el verdadero Arte Marcial, no estaba basado sólo en la Guerra Externa, sino principalmente en la Guerra Interna, aquella trabada dentro de nosotros mismos entre nuestro aspecto, la guerra entre el ego y la ausencia entre la ira y el amor, entre la paz de espíritu y la violencia interna, entre el bien y el mal que reside en cada uno de nosotros. Y esa guerra, definitivamente es la más grande y la más importante de todas.
Muchos cuestionan cuál es la misión del hombre en la tierra, pero de hecho, hace muchos y muchos años, los Grandes Maestros ya sabían la respuesta, la gran misión del hombre es vencer su Guerra Interna, es vencer y domar su propia mente.
En este punto, para una mayor comprensión de la significancia actual de las artes marciales como aspecto de educación para los jóvenes, ya sea a través de la práctica de artes marciales como el tradicionalísimo Karate (deporte no olímpico se diga de paso) y que el referido proyecto visa también vetar, sea ​​del MMA, es necesario explicar sobre otro concepto.
Los Grandes Maestros nos enseñaron que el ser humano está básicamente compuesto de tres aspectos primordiales, cuáles son: cuerpo, mente y espíritu. De esta forma, para unidad y completitud los tres deben estar en completa armonía, con este concepto Bodhidharma convenció a los monjes Shaolin a adoptar las artes marciales como forma de fortalecer el cuerpo, adiestrar la mente y, finalmente, alcanzar el espíritu (o iluminación).
"Las Artes Marciales son el micro dentro del macro". Para esta frase, si me permite, le pido una profunda reflexión.
El Dojo (lugar de entrenamiento) es tenido por los artistas marciales como un ambiente sagrado, en este "Templo" de ambiente controlado se aprende no sólo a caer, sino como caer (no sé si entiende la profundidad de eso), aprendemos a rehacer delante de derrotas, a respetar al adversario que allí está dispuesto no sólo a vencer, sino principalmente a enseñarnos, después de todo, aprendemos que cuando nos exponemos estamos en la verdad compartiendo. En el Dojo, aprendemos a vencer nuestras dificultades, a lidiar con el dolor, a tragar la arrogancia, a mantener la taza siempre vacía para nuevos conocimientos, aprendemos el respeto, la moral y la ética que falta en el mundo actual y, principalmente en los corredores de este incluso el Congreso tan frecuentado por usted.
En el ambiente en que viven esos atletas que intercambian golpes y patadas hay detrás historias lindísimas de rescate de vidas que definitivamente se perdieron para la real violencia fuese el escaso y hilario apoyo y programa político de nuestro país al deporte.
La mayor violencia no es la provocada por las luchas en el ring, sino por la corrupción que traslada esa desigualdad social que es el principal motivo de la Guerra Urbana que vivimos, la falta de esperanza y de principios primordiales de una sociedad como saneamiento básico, vivienda, salud, seguridad, trabajo y ocio.
La violencia está impregnada en los medios de nuestro país y que invaden las casas de los brasileños donde el 95% de su programación sólo da espacio a los aspectos malos de nuestra sociedad. La violencia está en las novelas donde el hijo mata al padre, donde el erotismo es banalizado en todos los horarios, donde los chicos de las historias, a los que nuestros niños crearán referencia son promiscuos y codiciosos.
La mayoría de nosotros tiene el pésimo hábito de juzgar las cosas por la forma y no por el contenido, y profundizamos aún más en el error cuando queremos legislar sobre cosas que no tenemos el mínimo de dominio o conocimiento, de esta forma, invito a usted. A conocer uno de nuestros Dojos y discutir un poco más sobre los aspectos marciales, de cierto habrá un Dogi (Kimono) aguardando junto con una franja blanca, pero no se preocupe, el tatami es suave y la caída será amortiguada.
Cordiales saludos.
Oss.
Ricardo Serravalle Guimarães
Presidente de la FEBAM - Federación Baiana de Artes Marciales y Deportes de Combate
www.mestreserravalle.wix.com/marcial
"La verdadera violencia es la ignorancia".
Todos nós temos uma missão em comum. A dificuldade desta missão nos é dada de acordo com a nossa capacidade intrínseca de vencer.
A missão de cada um de nós nada mais é do que conseguirmos dominar as nossas mentes.
A mente quando não dominada é como possuir um cavalo selvagem (nossa mente) solto em sua fazenda, ele corre no campo de um lado para outro tirando sua atenção, passando por cima do arado e destruindo o que conseguiu plantar enquanto você labuta utilizando apenas suas mãos e enxada para cobrir tarefas que, ao final do dia, não darão conta para seu sustento.
Olhe nos seus olhos e perceba sua força interna, a força motriz Divina que habita em cada um de nós sem distinção, domine o cavalo, traga-o para perto de você, adestre-o e conseguirá não só arar a terra e tirar o provento necessário para alimentar o teu corpo e a tua alma, mas com ele ao teu lado chegará a lugares onde suas pernas jamais o levaria.
Ricardo Serravalle
Todos tenemos una misión en común. La dificultad de esta misión nos es dada de acuerdo con nuestra capacidad intrínseca de vencer.
La misión de cada uno de nosotros no es más que conseguir dominar nuestras mentes.
La mente cuando no dominada es como poseer un caballo salvaje (nuestra mente) suelto en su hacienda, él corre en el campo de un lado a otro sacando su atención, pasando por encima del arado y destruyendo lo que consiguió plantar mientras usted labora utilizando sólo su caballo manos y azada para cubrir tareas que, al final del día, no darán cuenta para su sustento.
Mire en sus ojos y perciba su fuerza interna, la fuerza motriz Divina que habita en cada uno de nosotros sin distinción, domina el caballo, tráiganlo cerca de usted, lo advierte y conseguirá no sólo arar la tierra y sacar el provecho necesario para alimentar tu cuerpo y tu alma, pero con él a tu lado llegará a lugares donde sus piernas jamás lo llevaría.
Ricardo Serravalle
